Hoje apetece-me falar de um assunto um tanto ou quanto triste. aconteceu-me nestes escassos dias que estive de férias, passar pelos campos e ver algumas cabrinhas,tão magrinhas que até faz impressão, a terra está tão sequinha que pergunto-me como elas se manterão vivas? Será que os donos acreditam que elas comem pedras? Não me parece.
Cheguei a ver uma morta, julgo que de fome e de sede, durante dias a apodrecer no terreno, um cheiro tão nauseabundo que nem se podia.
Interroguei-me porque deixavam ali a cabrinha até chegar aquele avançado estado de decomposição, pois, parece que o nosso estado paga um subsídio por cada animal que se perde,mas para que não se abuse dos subsídios o animal tem de ser recolhido pelas entidades competentes. Até aqui tudo bem, agora o que não se entende é a morosidade das ditas entidades em recolher os restos dos animais, ainda para mais numa altura em que tanto se fala de saúde pública, à que lembrar que estamos no verão e as temperaturas rondamos 35 graus.
Já agora, aqui fica uma palavra de reconhecimento para o funcionário que faz esse trabalho,pois parece-me uma tarefa bastante difícil.
A desolação foi mesmo muita, tanta que nem mereceu foto.