terça-feira, 27 de setembro de 2011

Capela do Espírito Santo


Capela oitocentista construída sobre uma primitiva, provavelmente seiscentista, destacando-se, no seu interior, o retábulo-mor de talha marmoreada de relativa boa qualidade, com o espaldar decorado por cartela fitomórfica. Pináculos da fachada principal são facetados e piramidais, assentes em altos plintos cúbicos, seguindo uma tipologia pouco comum.



Séc. 17 - provável construção da primitiva capela; séc. 18, 2.ª metade - edificação do retábulo-mor; 1758 - referida nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo cura Francisco Homem de Azevedo, como pertencente à freguesia; séc. 19 - construção da actual capela, sobre uma primitiva; 1937, 26 Dezembro - constituição da Confraria de Nossa Senhora do Rosário; 1940 - tinha um altar com as imagens da Santíssima Trindade, São Gregório, Nossa Senhora do Rosário e São Domingos.


Planta longitudinal simples, de espaço único; disposição horizontal das massas e cobertura em telhado de duas águas. Fachadas em alvenaria de granito. Fachada principal virada a O., em empena com cruz latina no vértice, com hastes floreadas, rasgada por portal em arco de volta perfeita, assente em impostas salientes e com moldura de granito, sobre a qual surge a inscrição:
"RESTAURADA / PELO . POVO / EM . JAN. 1950" sobre os cunhais, pináculos facetados piramidais, assentes em plintos cúbicos. Fachadas laterais semelhantes, rasgadas por fresta em arco de volta perfeita, junto ao altar-mor, com moldura de granito. Fachada posterior cega, em empena. interior rebocado e pintado de branco. Sobre supedâneo de granito de um degrau, o retábulo-mor de talha policromada a imitar marmoreados azuis, vermelhos, verdes e brancos, com apontamentos dourados, de planta recta e corpo convexo, de um eixo formado por nicho central contracurvado, tendo o fundo pintado de azul, pontuado por flores, sendo flanqueado por pilastras dóricas e colunas de fuste liso, com o terço inferior marcado por festões e capitéis coríntios; ático em frontão interrompido, a flanquear espaldar contracurvado, rematado por cornija curva e por acantos, tendo, no centro, cartela envolta por elementos fitomórficos; altar paralelepipédico, com frontal em forma de urna, decorado com cartela de acantos.

Fonte:monumentos.pt

domingo, 11 de setembro de 2011

O nosso Madeiro

No dia em que partilhei este video no Grupo de Águas no Facebook tinha como ideia partilha-lo também aqui, acabei por me esquecer, mas mais vale tarde que nunca.

O video é uma compilação de registos que se foram tirando ao longo dos anos na realização do Madeiro na Terra.

O Madeiro é das poucas tradições que ainda se vão mantendo na Terra tendo tido algumas alterações ao longo dos anos. Era cortado à mão e transportado em carros de bois, agora é cortado com motosseras e transportado por tractores contudo o objectivo é o mesmo, que se encontre dia 8 de Dezembro no adro da Igreja para se acender dia 24 do mesmo mês. A responsabilidade de o organizar cabe aos mesmos, os chamados "Mancebos das sortes", aqueles que vão à inspecção do serviço militar desse ano, apesar de cada vez serem menos e por vezes nem existir nenhum, mas não é por isso que se deixa de realizar, tudo isso pelo espírito que sempre acompanhou o Madeiro, a união daqueles que colaboram na realização do mesmo e que não deixam a tradição acabar, isto tudo aliado à colaboração da população e daqueles que todos os anos emprestam as maquinas tudo para que a tradição não acabe.